Sistema envelopes




imagem daqui

Quando casei, e embora já tivéssemos conta conjunta há uns meses e já houvessem despesas fixas que eram responsabilidade dos dois, as despesas do dia a dia foram "confusas" para o nosso orçamento familiar.
Iniciei-me no sistema do envelopes para as despesas do dia-a-dia.
O supermercado, os combustíveis, as saídas...
Não me lembro de ter usado durante muito tempo.

Há cerca de 4/5 anos, em plena crise financeira em Portugal, trabalhando os dois juntos, numa empresa que em que somos patrões e que dependemos das vendas e/ou das prestações de serviços que fazemos (ou que estavamos a deixar de fazer) para os nossos ordenados, as contas estavam a ficar, digamos, apertadas. Os nossos ordenados iam ficando para trás em relação ao dos empregados, e algumas vezes chegava ao dia das contas serem pagas e não havia dinheiro (ou havia e ficava a faltar para outra coisa). É óbvio que se começou por cortar nas despesas supérfluas, mas há sempre contas mais avultadas ás quais não podemos fugir...
A conta da Luz, os seguros, o IMI, a manutenção dos carros.
Na altura tinha com a edp o contrato conta-certa, em que todos os meses me era debitado um valor fixo, e na 12ª mensalidade era feito o acerto. Uma vez paguei o excedente, nos anos seguintes, e porque aumentei o valor mensal, acabei por receber.
Ora, se eu podia ver sair da minha conta todos os meses um valor médio da despesa anual, também podia colocar esse valor de parte. 
Foi aqui que resolvi voltar ao sistema dos envelopes, para as despesas mais avultadas e/ou semestrais e anuais.

No caso da electricidade continuei a fazer o mesmo, estiplulei um valor médio, e é esse valor que coloco todos os meses no envelope. Se nos meses de Verão a conta chega a não ser metade do valor, nos de Inverno é algumas vezes quase o dobro.

O IMI, até este ano a minha casa teve isenção, mas já comecei a juntar aquele que eu sei que vai ser o valor.

Carros. Faço as contas ao valor do seguro, daquilo que costuma ser uma revisão normal, os impostos e acrescento mais uns euros para qualquer extra. O meu carro no mês de Outubro teve o seguro, o imposto de circulação, a revisão e para bónus, dois pneus novos. No envelope correspondente ao meu carro havia verba para pagar tudo. Ufa.

Do envelope "escola" sobrou o ano passado o suficiente para pagar a viagem à Disneyland no final do ano lectivo. E este ano também já estou a contar com outra.

Andamos os três no ginásio, no envelope "desporto" há sempre dinheiro para um qualquer equipamento que precise ser reposto.

Para mim resulta.
Parece que quando fazemos a distribuição é muito dinheiro, e é, dependendo das despesas que tenhamos, mas o que é certo é que se não conseguimos tirar essa verba mensalmente, com mais dificuldade conseguimos tirar semestral ou anualmente.

Agora que os subsídios de natal se aproximam porque não crias o teu sistema de envelopes?
Um desafio ainda mais ambicioso?
O que colocares de parte durante o mês de Dezembro servirá para pagar as contas de Janeiro, o valor de Janeiro será para as contas de Fevereiro...
Porquê?
Porque se houver algum mês mais apertado ou com alguma "surpresa" já não estás desprevenida.

O Sistema Envelopes não significa que tenha de ser obrigatoriamente "físico", podes ter uma conta no banco exclusivamente para este tipo de despesas e ter o teu apontamento de quanto do valor total corresponde a cada categoria. 

Esta foi a forma que encontrei para simplificar o meu orçamento familiar.
Faz-te sentido?


2 comentários:

  1. Sim, faz muito sentido. Também eu sou uma adepta do sistema de envelopes para gerir o ordenado. Sobretudo no que respeita às despesas anuais.
    Apesar de volta e meia andar às turras com ele. :-) :-)
    É talvez o aspecto mais constante do meu muito inconstante mundo de gestão financeira doméstica. :-) :-)

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  2. Muito sentido Maria :)
    Também uso este tipo de sistema e acho que é muito bom :)
    Uma dica muito boa :)

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