Quando há uns bons meses atrás, decidi reeducar-me em termos alimentares, e decidi remover o glúten da minha alimentação (*), uma das maiores dificuldades que encontrei foi encontrar opções de acompanhamento para os pratos, que não incluíssem arroz ou massas, e que não passasse pela quase obrigatória salada.
A princípio pareceu-me mais complicado do que acabou por ser na realidade.
Experimentar foi importante na diversidade.
Saltear legumes num fio de azeite e alhos é algo bastante simples de fazer, não demora mais que 10/15 minutos (às vezes nem isso...) e resulta num acompanhamento cheio de sabor e carregado de vitaminas e tudo aquilo que os médicos recomendam. Misturar legumes diferentes quando os salteamos pode ser também uma forma de consumir aqueles legumes que gostamos menos ou que temos tendência a evitar.
Foi o que fiz com estes espinafres salteados com couve-flor (que eu sempre detestei, mas à qual me fui forçando a habituar) com uns pinhões à mistura. Dão um sabor diferente ao salteado e "escondem" aquele sabor que não aprecio na couve-flor.
Regressar a hábitos que conheci em criança, em casa dos meus pais, também se revelou benéfico.
Por isso, quando faço peixe ou carne assada no forno, aproveito e ponho umas batatas doces com casca, a assar.
Eu sei que a batata doce virou moda na alimentação de há uns tempos a esta parte, mas desde que me conheço por gente que se assavam batatas doces no forno a lenha em dias de cozer pão, e foram mais que muitas as vezes que o pequeno-almoço do meu pai consistiu em batata doce assada e uma fatia de pão, complementado com uma peça de fruta (ou não fossem os meus pais da terra da batata doce).
Quanto às habituais saladas como acompanhamento, também fui aprendendo a diversificar, para não ser sempre a mesma coisa... alface e tomate, ou só tomate, ou só alface. Descobri que gosto muito de incluir pedaços de manga madura e polvilhar com sementes de chia.
Há quem inclua folhas de agrião ou de espinafres e junte morangos cortados, no tempo deles. Eu particularmente gosto muito de acrescentar coentros frescos, dá-lhe um sabor mais leve e de "verão".
Outra opção são os purés. São simples de fazer e também não levam muito tempo. Basta cozer os legumes, escorrer bem e depois reduzir tudo a puré (eu uso um processador, mas na liquidificadora também dá), juntar uma colher de chá de margarina ou azeite (ou outro tipo de gordura que prefiram), sal e pimenta a gosto.
Eu habitualmente gosto muito de fazer puré de ervilha, de abóbora, de abóbora e cenoura, de cenoura e courgete, abóbora e couve-flor. As combinações são mais que muitas. Basta ir experimentando e ver os que preferem, ou que combinações funcionam melhor que outras.
Legumes assados são outra hipótese. Podem ir ao forno no mesmo recipiente que a carne ou o peixe, ou podemos usar outro tabuleiro para os assar à parte, ao mesmo tempo. O meu assado de legumes preferido é abóbora assada, com tomilho (fresco ou seco) e um fio de azeite. No final, costumo pôr um fio de mel por cima, para lhe dar um toque final. A courgete quando asso, deixo a casca, porque senão desfaz-se muito...
Também sou fã de beringela assada, mas é algo que implica alguma preparação, o que nem sempre me apetece...
Como vêem, há muito por onde escolher!
(*) - infelizmente, a minha reeducação descarrilou um bocado... a minha logística familiar não é muito fácil e ter duas crianças pequenas um tanto ou quanto esquisitas não contribuíram muito para ajudar a manter o ritmo.
Obgda pelas dicas !
ResponderEliminarOptimas sugestões, levo as dicas Naná.
ResponderEliminarBJ e bom fim de semana.
Também há cerca de 1 ano removi o leite e o glúten, por causa da tiróide. O que me custa é não comer pão, o resto é fácil para mim.
ResponderEliminarComecei a incluir muitos (e em quantidade)vegetais de folha verde na salada: rúcula, coentros (adoro), beldroegas, mizuna, ... de uma quintinha aqui perto, e beterraba e couve-flor cruas. Muitas leguminosas frias no verão (feijão frade, grão-de-bico,...)e quentes no inverno. Abóbora, para a sopa, feijão, etc.
Ao pequeno almoço faço uma panqueca com um ovo (a clara em castelo para ficar fofa)e geralmente trigo-sarraceno moído na vez do trigo, e sésamo, ou coco, ou outra coisa que dê um sabor e tenha fibra, de preferência. Faço-a grande para ir comendo durante o dia se me der fome.
Mas às vezes é difícil gerir quando a família come massa ou pizza!
Beijinhos!